quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Vamos ver no que vai dar.

Essa noite sonhei que estava a escrever no meu blog, mas que os posts sempre ficavam demasiadamente pequenos, e que, se levado em conta que o leitor seja preconceituoso conquanto à extensão do escrito, assim como eu eu o sou na maioria das vezes, seria pequena a probabilidade dele se interessar por algo no meu blog, preocupação esta que eu considero totalmente desnecessária já que meu blog nunca teve adeptos suficientes para criar uma fama que pudesse me proporcionar um medo real de perdê-la equivalente às suas dimensões, o que os leitores podem averiguar não ser verdade. Uma nota, não usando de desdém para com os meus queridos e amigáveis seguidores do blog. Enfim, estou de volta, e já até me esqueci do que ia falar, o que é um clichê muitas vezes usado para se designar um cansaço mental decorrido duma longa linha de raciocínio anterior, o que denota soberba do autor -- o que nem sempre condiz com a realidade.
O tema inicial que já está se dissipando, seria sobre o quão ínfimo todos nós somos diante de qualquer situação com as quais a vida usualmente vem a nos confrontar.Eu, por exemplo, sempre tive dificuldade no quesito de corresponder relações. Nunca sei até onde as pessoas estão dispostas a ir, e essa falta de informação me desgasta porque tenho uma vertente psicológica que sempre me diz que eu estaria melhor se investisse em outra pessoa. Mudando o plano de fundo, há também as circunstâncias em que temo não estar à altura dos que comigo convivem. Ambas as situações, que podem acontecer alternadamente com determinada pessoa, ou apenas uma delas mas de modo mais intenso, acabam por me esgotar de forma que eu fico sem recursos, sem saber o que fazer ou como reagir. E o pior, penso que tal desistência possa ser encarada como forma de que eu não quero travar relações, o que é o oposto de minhas intenções. Mas de uma forma geral, nunca sabemos em hipótese alguma onde qualquer relação pode chegar, e se desistir pode ter o mesmo potencial de não corresponder corretamento ao afeto a qual você é alvo, sugiro que se espere um milagre, ou apenas veja no que vai dar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Onde provavelmente não haja mais luz

Quando se está no fundo do poço, é bem improvável que se consiga sair, uma vez que um dos requisitos para se chegar a esse estágio é estar absolutamente sem força alguma, inclusive para reagir. Mas há uma pequena probabilidade de haver milagres esperando por aqueles que estão descendo até onde não haja mais para onde ir. Eu, particularmente, sou uma pessoa que vive de milagres, o que tem seu lado bom e ruim. O lado ruim é que milagres não são como qualquer estranho que se possa encontrar em cada esquina de qualquer cidade. Milagres são como melhores amigos, difíceis de serem encontrados, mas quando o são, nos proporcionam um bem sem precedentes, um companheirismo e ajuda, que sem os quais, de modo algum conseguiríamos sair do fundo do poço. Amigos podem ser cativados a qualquer hora, mas apenas cultivados nas horas difíceis. Então, se você está caindo e caindo, em direção ao fundo do poço, ore, para que lá no fundo, haja um milagre, um amigo no qual possa se apoiar.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Megapost

Aqui, agora, eu vou falar sobre a maioria das coisas que me irritam. Uma espécie de desabafo. A começar sobre o próprio desabafo. Por que raios precisamos desabafar? Não poderíamos, sei lá, apenas ficar com nossos problemas pra nós mesmos? Falar deles, extrair lágrimas deles no ombro de alguém não vai ajudar. Não na realidade. Comigo não ajuda nem psicologicamente, quanto mais na realidade. Já que estou neste assunto. Por que precisamos de amigos? Isso é tão difícil, tão mesquinho, tudo é tão egocêntrico. Acho que a gente não foi feito pra ter relações com as pessoas. Não nós como somos hoje em dia, tão egoístas, tão dados a tratar o outro mal, e o contrário acontecendo apenas se envolver algum interesse nosso. Qual a dificuldade de fazer o bem em si só, sem ser por interesse. Qual a dificuldade de gostar de alguém pelo que ela é, e não simplesmente pela beleza, fama, dinheiro ou qualquer outro parâmetro idiota que levam em conta? 
A razão de sermos frios o tempo todo, quando mais cedo ou mais tarde essa frieza se voltará contra nós produzindo um momentoso e histórico pânico?
Na maioria das vezes, quando não muito sempre, minhas ideias encontram-se de tal modo conturbadas que se convulsionam. E é o que acaba de acontecer. O post não fez jus ao nome.
Diante de tanta barbárie, não sei por que as pessoas ficam desesperadas pra se manterem vivas quando estão morrendo. 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

I've tried enough

Pois é, quem nunca disse essa frase? Cansados de todos e de tudo, essa frase sai num fraco suspiro, um leve hálito quente que se contrasta com o ar do ambiente num dia gélido. Cabeças baixas, olhar mortificado, damos meia volta, e tentamos ir para um lugar de descanso e de paz. Mas a única atitude que tomamos é ir para um caminho diferente, o qual irá nos esgotar assim como fez o anterior. E mais uma vez, iremos soltar a famosa frase "Já tentei demais"... Já tentei demais fazer com que tudo desse certo. Já tentei demais fazer com que gostassem de mim. Já tentei demais tentar agradar a várias pessoas diferentes. Já tentei demais ignorar o quanto não me encaixo neste ou em qualquer outro estilo de vida existente. Apenas me pergunto, qual será a frase que usarei pra quando eu tiver cansado de tentar me sair bem em todas direções. Já vivi demais?

Nada contra, mas...

Eu dou muita atenção a coisas muito pequenas e até certo ponto sem importância. Em razão, acabo atrapalhando a minha própria vida às vezes. Não que eu realmente atrapalhasse, mas que eu a tornasse um pouco mais pungente e desgastante do que já é. Um exemplo é quando eu vou no mercado e o valor da compra sai picado. Suponhamos que desse  R$4,42. Daí, a moça do caixa deveria arredondar o dinheiro e me dar 60 centavos de troco, caso eu desse uma nota de cinco. Mas não. Ela não faz isso. Ela não tem base. Ela aproxima do R$4,45 e me volta 55 centavos. Isso me irrita demais. Mas eu nem falo nada. E não digo alguém em específico. A maioria das pessoas o faz. Aí eu pergunto, cadê a escolaridade ou as moedas de 1 centavo?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Desculpa mas é a verdade...

Sabe quando você vai em alguma loja, ou em algum lugar que venda comida, sei lá. Algum lugar que você precisa adquirir algo. E em tal lugar há apenas tralha, e você, com sua essência capitalista, procura algo que possa comprar. Mas não acha. Então sai frustrado e sem nada da loja, ou compra algo e sai frustrado do mesmo jeito. Eu comparo à minha busca incessante de pessoas legais a essa loja. Ainda não sai de lá. Talvez eu nunca saia.
    "Moça, quando é que chegam mercadorias novas?"

Post Duplo: Sobre ser humano/ Cometas e estrelas.

     Eu não gosto de ser humano. Eu não gosto do ser humano. Eu não gosto de ser humano, preferiria muito mais ser uma planta. Eu não gosto do ser humano, esses indivíduos desprezíveis. Viu como um artigo muda tudo? Eu fiquei pasmo com isso desde a explicação da minha professora com as duas frases "Vi uma pessoa hoje" e "Vi a pessoa hoje." Só queria dizer, que sem artigo ou com artigo, a mesma frase faz todo sentido pra mim. Não gosto de ser um ser humano e não gosto de seres humanos.
     Falando de professora, uma das mais sensacionais que já tive, a de biologia deste ano, levou uma espécie de poema pra fazer média com a sala no início do ano letivo presente. Era um poema sobre pessoas que são fixas, têm presença constante em nossa vida, e sobre pessoas que apenas passam por nossa vida. Eu, particularmente, tenho muito mais cometas (pessoas que apenas passam por minha vida, avá) do que estrelas. Talvez seja por inveja, talvez não, mas acho isso uma coisa legal. Primeiro que estou mais que acostumado com pessoas indo e vindo, como uma estação rodoviária. Dói sempre, mas cada vez menos. Talvez algum dia eu seja insensível a tais vindas, se é que já não estou. O fato é que a vida está em constantes mudanças, e quanto mais você se adaptar a elas, melhor. E sempre achei a efemeridade das estrelas cadentes muito mais charmosas que as fixas. Além do que, a luz que recebemos das fixas, são de estrelas que talvez nem mais lá estejam. Apenas fingem estar lá.